1. |
do mundo
03:31
|
|||
Hei-de ser só meu se a minha mãe me deixar.
Disse-lhe que um dia hei-de voltar
nem que seja para ela ver
se estou de saúde e bem comido, pois é assim que tem de ser.
Hei-de ser do Mundo se o meu mundo me deixar.
Disse-lhe que era pra não voltar
por ter tanto para ver.
Se estou de saúde e bem comigo então é assim que tem de ser.
|
||||
2. |
deles
04:07
|
|||
Ela desliga o aquecimento central
só pela desculpa para nele se encontrar.
Esquece em casa os lenços de papel
para poder nos ombros dele chorar.
Pede pra guardar umas roupas no armário
sem saber se lá há-de voltar a dormir.
Pede por um beijo enquanto lhe dá um abraço
mas nem ela sabe o que está pra ali a sentir.
E nisto sai só lá pras sete da manhã.
Ou então fica, fingindo que mora lá.
Ele faz-lhe um café e vai voltar a dormir
mas ela fica ali parada
sem saber o que sentir.
Faz contas de cabeça ao quanto isto vai durar
mas não sabe bem.
Tenta perceber como pode melhorar
isto que agora tem.
Repara como é bom
não saber como é.
Estranho como tudo começa apenas com
duas torradas e um café.
|
||||
3. |
Carvalhal
03:42
|
|||
Já quase que não sou de cá
já há muito que me libertei
de ter de ser o melhor.
Levanto só o meu estandarte
livre como me habituei
assim nunca é favor.
Desculpa minha avó por só me veres no Natal.
Estava a pôr tetos falsos mas já acabei.
Eu nunca mudei
continua tudo igual
vou sendo conforme sei mas sem ser meu o Carvalhal.
Já me conformei
que não há-de ser pior
parar para olhar sem ser pra trás.
Não fui eu que quis
mas tardei a perceber.
De volta só coisas más
Desculpa minha avó por só me veres no Natal.
Estava a pôr tetos falsos mas já acabei.
Eu nunca mudei
continua tudo igual
vou sendo conforme sei mas sem ser meu o Carvalhal.
|
||||
4. |
do rosto
04:07
|
|||
Ensina-me o desenho do teu rosto
já que posso nunca mais o ver.
Mostra-me um retrato com o sol posto
só pr'o caso de eu me esquecer.
Mostra-me a cara que fazes quando és o oposto
de tudo aquilo que estás a ser.
Ensina-me a hora boa para almoço
que eu não tenho o que fazer.
Hei-de ser do Mundo se tu me deixares
e guardo o meu amor em tantos lugares.
Assim ninguém o vai descobrir
e ele vai estar lá
quando me ensinares o desenho do teu rosto.
|
Rui Taipa Freamunde, Portugal
Rui Taipa é um cantautor português que escreve e canta na sua língua nativa, canções com alicerces folk e no rock
alternativo.
Rui Taipa is a Portuguese singer-songwriter who writes and sings in his native language, songs with foundations on folk and alternative rock.
... more
Streaming and Download help
If you like Rui Taipa, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp